11.5.11

BOMBONS DE CHOCOLATE

Ingredientes:
2 barras de chocolate
2 laranjas c/ casca
1 laranja s/ casca
Licor Beirão ou Anis q.b.
Frutos silvestres
Açúcar em pó q.b.

PREPARAÇÃO/CONFECÇÃO:
Derreter o chocolate em banho-maria; colocar nas formas uma pequena camada de chocolate e levar ao frio.
Cozer as laranjas, durante 30 minutos, com o açúcar, triturar tudo e reduzir a puré; aromatizar com licor Beirão.
Retirar as formas do frio, rechear com o molho de laranja ou frutos silvestres e voltar a cobrir com chocolate.
Levar ao frio.

Bolo de Atum

Aqui vai a receita do bolo de atum........
Ingredientes:
200 gr farinha
3 a 4 ovos
Salsa q.b.
1 cebola
Pimento verde e/ou vermelho q.b.
2 latas de atum
Sal q.b.
Azeitonas picadas
Fio de azeite
50 gr de fermento Royal

Preparação:
Juntar todos os ingredientes, à excepção das claras que se devem bater em castelo e, posteriormente, envolver com o preparado anterior.
Untar uma forma com manteiga e polvilhar com farinha.
Colocar tudo na forma e levar ao forno, durante 20 minutos.

Sugestão: Acompanhar com rúcula selvagem, pinhão torrado e ananás.
Molho vinagreta de azeitona: Azeite, sal, vinagre, azeitonas (triturar tudo).

Enigma

Certa noite Pedrinho resolveu ir ao cinema, mas descobriu que não tinha meias limpas para calçar. Foi então ao quarto do pai, que estava na escuridão. Ele sabia que lá existiam 10 pares de meias brancas e 10 pares de meias pretas, todos misturados. Quantas meias ele teve de retirar da gaveta para estar certo que possuía um par de meias da mesma cor?


Enigma

A mãe de Maria tem 5 filhos:
Chata, Cheta, Chita, Chota, ...
Qual o nome do 5º filho?

Sudoku

Grau de dificuldade: Fácil


6.5.11

Slow Food

Actualmente encontramo-nos num mundo em que, cada vez mais, somos dominados pelo stress do dia-a-dia, tornando-se difícil arranjar tempo para a mesa, onde é ou pelo menos deveria ser possível saborear com tempo e deliciarmo-nos com os pequenos prazeres da nossa gastronomia.
O Slow Food é um movimento ecogastronómico, (de alimentação e vinhos) que foi criado em 1986 pelo jornalista e activista Carlo Petrinni em Brá, Itália, onde se localiza a sua sede internacional. Este movimento actua, quer a nível local, quer a nível internacional.
Trata-se de um movimento sem fins lucrativos, que através da sua pressão junto de várias organizações estatais influenciou a tomada de decisões relativas a produtos agroalimentares.
Como o próprio nome indica, este vem, em parte, contrariar o Fast Food. Este último (Fast Food) pretende homogeneizar o "gosto" Mundial. Em contrapartida, o Slow Food tem como principal função e objectivo preservar as características, as qualidades e os produtos genuínos que são específicos de cada região, país ou território.
Grande parte das vezes, estes produtos são esquecidos e como consequência deste ato, a cultura de um povo ou de um país vai desaparecendo lentamente.
 Este movimento pretende consciencializar as pessoas para a importância da preservação desses produtos e produtores que se encontram espalhados pelo Mundo inteiro, e que se dedicam à agricultura tradicional, pois esta encontra-se na base e génese da tradição cultural de cada povo.

ENTREVISTA

CHEF NUNO MARTINS
“…a gastronomia reflecte a história e cultura de um povo, portanto nós temos de dar continuidade às nossas origens, não eliminá-las.”
É a personificação do profissionalismo. Dedicado e competente, gosta de novos desafios.
Ainda jovem, mas com grande currículo, já passou por vários restaurantes e hotéis de luxo, tais como, Hotel Tivoli Tejo e Tivoli Coimbra e, actualmente, gere a cozinha do Hotel Monte Prado, em Melgaço.
Alia a esta profissão, a nobre tarefa de ensinar e transmitir os seus conhecimentos, tendo sido formador na ADM, em Melgaço, na EPRAMI, em Monção, e presentemente ministra formação na EPRALIMA em Arcos de Valdevez, ao curso EFA de Cozinha.
Entrevistá-lo foi um desafio!
É comum dizer-se que os profissionais de hotelaria só podem singrar, se fizerem muitos sacrifícios. Quer comentar?
N.M.: Não se trata de um sacrifício, mas sim uma opção. Isto acontece em todas as profissões, aquilo que para muitos é um sacrifício, para nós profissionais de hotelaria é um modo de vida.
Das várias casas reputadas por onde passou (Hotel Tivoli, Estalagem “O Moinho”, Hotel Monte Prado), qual foi a experiência que mais o marcou profissionalmente?
N.M.: Cada experiência foi um desafio. Pelo tempo e pelo trabalho desenvolvido, o Hotel Monte Prado é a unidade mais marcante…pela região rica em gastronomia e pela proximidade da cultura marítima da nossa vizinha Galiza.
Até chegar à função que desempenha, muito provavelmente deparou-se com diversos obstáculos. Poderá citar-nos algum?
N.M.: Obstáculos não diria, mas sim desafios.
Considero, provavelmente, que a falta de tempo para investir na reciclagem e adquirir mais conhecimentos, é um obstáculo que ainda não consegui ultrapassar.
Num futuro próximo ou mais longínquo, admite trabalhar além fronteiras com condições mais atractivas?
N.M.: Sim, mas sempre com o objectivo de adquirir mais conhecimentos.
E… admite, um dia, poder criar um projecto seu, na área da restauração/hotelaria?
N.M.: Não, porque tendo em conta a minha exigência teria de abdicar de tudo, para dar tudo ao meu projecto.
Cozinha moderna ou tradicional: qual prefere? Porquê?
N.M.: Prefiro cozinha tradicional moderna porque a gastronomia reflecte a história e cultura de um povo, portanto nós temos de dar continuidade às nossas origens, não eliminá-las.
Enquanto Chef de Cozinha que ensina e colabora na formação de futuros profissionais da área da Restauração e Hotelaria, que balanço faz da sua experiência enquanto formador?
N.M.: O balanço é positivo até porque o tipo de formação que tenho ministrado tem sido, maioritariamente, uma troca de conhecimentos.      
Gastronomia Nacional… que qualidades lhe atribuiria?
N.M..: Não considero que tenha qualidades nem defeitos, trata-se sim do retrato de um povo. Defeitos e virtudes todas têm, mas todas elas têm o papel de reflectir os costumes e hábitos de um povo.
Partilha da opinião de que o slow food pode contribuir para uma maior dinâmica do turismo gastronómico?
N.M.: Essa dinâmica aconteceria se houvesse maior procura. Actualmente, ainda, há muito pouco conhecimento do produto slow food e faz-se pouca divulgação, tanto pelo consumidor como pelos estabelecimentos de comidas e bebidas.
Considero que este crescimento não acontece porque há, ainda, um forte barreira entre o produtor e o consumidor final.
Entende que os produtos slow food poderão potenciar a cultura gastronómica do concelho de Arcos de Valdevez?
N.M.: Penso que o papel destes produtos, ainda, é muito reduzido. É necessário investir mais na divulgação dos mesmos. Só assim se poderá potenciar mais e melhores resultados.
Quais são os pratos mais emblemáticos do Alto Minho, na sua opinião?
N.M.: A lampreia, os rojões, o cabrito à moda de Monção e, ainda, as papas de sarrabulho.
Mas, sempre, tendo em conta que a exigência de grande qualidade, vai estar presente, tanto no baixo preço como na gama alta.
Para terminar…
O mercado está cada vez mais competitivo. No seu ponto de vista, quais os desafios para garantir a sobrevivência e estar na vanguarda?
N.M.: A dedicação dos profissionais da área, a modernização dos conceitos… e acreditarmos que Portugal tem tudo para viver do turismo, pois a maioria dos portugueses não acredita.